domingo, 2 de abril de 2023

Chaux - exibição na SP ARTE - massapê_projetos

 CHAUX - instalação de Thaís de Almeida Prado em exibição na SP ARTE na massapê_projetos

Técnica:
Projeção em sal

Colabs possibilitadoras de mão na massa e bastante suor @pinkalskyy e @thaisampr
Video @thaisampr @edsonsecco
Musica @edsonsecco













 https://www.instagram.com/p/CqhJ9veORVK/

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2023

Aller / Retour no PUPUMYACHKAN

Feliz demais que meu filme Aller / Retour estará em cartaz nesse festival junto com nosso filme 360 (VR) "Coordenadas 31 15’15.53 N, 24 15’30.53 O" nesse festival lindo e resistência que é o PUPUMYACHKAN @asimtria .

Ficaremos em cartaz até 17.02.2023.

"Aller / Retour"

um filme solo que fiz durante minha residência artística na Saline Royale d'Arc et Senans, graças a bolsa Odyssée.

 


sexta-feira, 10 de julho de 2015

Ampulheta - um retorno inesperado


Julho de 2015
verão
ela está lá
cheia de folhas que cairão no próximo ciclo de outono
depois inverno
e assim ela vai e vem
se renova
se transforma



domingo, 7 de novembro de 2010

primeira tentativa de título... (Parte 13)

Parte 13

Chaux, é esse o nome.
A musa disse Chaux.
Lembro-me nitidamente.
Elas riam, se acariciavam e diziam chaux.
Isso poderia ser qualquer coisa. Qualquer coisa.

Meus pés estão sangrando novamente, mas não doem.

Continuo estranhando o meu corpo.

A casa está vazia e vejo a neve caindo pela janela. Tive a impressão de que ontem não nevava, mas já não sei o que significa ontem e hoje. Amanhã talvez... talvez...
A noite parece nunca chegar aqui. É sempre tudo tão luminoso e tão branco. Estou em um tempo fora de um tempo. Num dia fora do tempo.

Em suspensão.

domingo, 17 de janeiro de 2010

ainda sem título, mas ainda esboçando algum (Parte 12)

Parte 12

 

Volto à mesma imagem.

Sentado, um pacote na mão, a mulher vestida em renda. Busco qual peça falta ou então que peça sou. Onde me encaixo?

 

Desencaixo.

 

Me questiono demais agora e esqueço que meu corte não cicatrizou, que meus pés ainda sangram e que meu corpo está mudado. Sinto vontade de comer carne vermelha, daquelas bem mal passadas e que sangram muito.

 

Ele busca algo para se cobrir.

 

Encontro um casaco, visto e saio da casa. A neve congela meus pés, não sinto mais a dor do corte, mas a dor do frio... meus pés congelam pouco a pouco e eu não me importo.

 

Vejo que a velha passa e não me nota. A natureza muda.

Resolvo segui-la.

Me escondo atrás de árvores, arbustos, casas.

 

Ela carrega um cesto. O mesmo, sempre o mesmo.

 

Pausa.

 

O reflexo dos meus lábios em matéria gelo.

 

Pausa 2.

 

Respiro e não me vejo.

 

Pausa 3.

 

Continuar.

 


(texto adicionado em 2015 entre capitulo 10 e 11 originais)

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

ainda sem título, mas ainda esboçando algum (Parte 11)

Parte 11

 

Ele está sentado em um banco de cemitério/praça. Folhas de outono o cercam. Ele veste um casaco vermelho e carrega um saco de papel.

Ele se levanta, olha ao longe e vê uma mulher vestida em renda. Muitas flores a cercam.

 

Neste exato momento eu abro meus olhos. A casa velha está vazia e eu não lembro mais a continuidade disso tudo. Estou nu e não me reconheço. Meu corpo não se parece como antes. Percebo meu corte que nunca cicatriza... escorre sangue. 

Não faz mal.

 

Nu, ando pela casa. Descalço corto os meus pés nos rastros de cacos de vidro. Procuro na cozinha a velha ou o sr. Corcunda.

 

Me repito. Uma sensação de que não saio do lado A. Em que parte o disco riscou?

Sinto sede e não tem água, isto sempre acontece.

Meus pés sangram.

Meus pés ardem.

O chão está branco.

 

Olho pela janela da casa e neva.

Neva doce.

 

A velha garimpa o campo branco.

 

Isto está ficando cada vez mais difícil. Não me aproximo do fim...  desisto?



(texto adicionado em 2015 entre capitulo 10 e 11 originais)

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

ainda sem título, mas ainda esboçando algum (Parte 10)

Parte 10

Ao abrir os olhos me vejo em cima de uma cama. A camisola de renda está posta sobre uma cadeira com jeito de que espera sua  dona.

Escuto um barulho e um cheiro de café invade minhas narinas.
Tenho vontade de chegar até lá.

Me levanto e percebo que estou sem roupa. Meu corpo está cheio de feridas, como se fossem pequenas queimaduras arredondadas. Meu corte feito no caco de vidro na janela sangra. 

Vou em direção ao barulho que parece vir da cozinha com seu cheiro de café.
Vejo uma velha e tento me aproximar dela. Ela me oferece o café, e me dá uma espécie de pão para comer, me faz sentar em uma cadeira meio torta.
A velha é pequena e tem os cabelos um tanto avermelhados. Me sinto seguro com ela aqui.
Um gato preto sobe em cima da mesa, tento brincar com ele e levo um arranhão no braço.
A gata siamesa prenha aparece ao meu lado, pula no meu colo e lambe o meu corte.
Sinto uma vertigem.

A velha sai com um balde de madeira cheio de água que escorre.

Da janela vejo que ela conversa com o senhor corcunda.

Agora eu sei de onde eles vem.

sábado, 2 de janeiro de 2010

ainda sem título, mas já esboçando algum (Parte 9)

Parte 9

Levanto de onde estou e resolvo fuçar os cômodos da casa.
O chão da casa range. Não me sinto estável, tudo onde piso em algum momento parece que irá desabar. Como eu a desabar.

Olho para o armário entortecido e vejo a gata siamesa prenha em cima dele. Resolvo abrí-lo.
A porta está emperrada e a fechadura completamente enferrujada.
Me esforço para virar a chave na fechadura.
Puxo com força. Ao abrir um pó branco começa a escorrer do armário com muita força. Me sinto soterrado e queimando.
A gata siamesa mia como as gatas no cio... o Miado é estridente. Meu corpo queima e meus ouvidos explodem.

Neste momento não há pausas.
As pausas seriam uma elipse.
O que é uma elipse mesmo?  O som me causa arrepios.



quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

ainda sem título, mas já esboçando algum (Parte 8)

Estou só.
Mais uma vez como de costume.
Mais uma vez como de costume ninguém me percebe aqui.

As árvores não tem mais folhas, estão secas e retorcidas, estão como se amputadas.

Me sinto obscuro.
Não quero mais ficar aqui.
Resolvo sair sem ser visto.
Andar pela estrada cheia de folhas esvoaçastes.
O vento é frio.

Sigo em direção a uma torre, que imagino ser alguma igreja velha, mas ela parece estar extremamente longe. Não me importo e sigo.
No meio do caminho me deparo com ruínas de casas. Ruínas de espaços perdidos pelo fogo, ou por alguma guerra ou espaços simplesmente abandonados...

Dentro destas faíscas de um provável lugar onde pretendo estar, encontro uma casa com vidros quebrados.
Decido entrar para me esconder do frio.

Pulo um janela e me corto em um caco de vidro. A dor é forte mas me sinto bem. Sinto que ainda estou vivo.

Dentro da velha casa encontro um armário antigo meio “entortecido”, algumas camas espalhadas, e uma camisola de renda. A camisola me chama a atenção, está posta em cima de uma cama de uma maneira cuidadosa, como se estivesse esperando sua dona.

Olho e fico admirando aquela geometria.

Lembro de alguma coisa de minha infância. Nada claro...
Nada claro...
Tudo branco na minha cabeça.

Pausa.

Neste momento eu tento me levantar porque percebo que estou caído no chão.
Neste momento ele pretende se levantar porque percebe que está caído no chão.

Neste momento sua dor é grave e ele grita para dentro.
Neste momento ele está só, e só há vestígios.
Um gato aparece e lambe seu corte causado pelo vidro da janela.
A língua é áspera.
A língua me dói.

Pausa.



(continua...)

domingo, 20 de dezembro de 2009

Olhar de Sal, Olhar de Neve















Olhar.

Através do sal.

Permitir a modificação natural
E a modificação imposta.

Usufruir da transformação quimica e física e reentender o presente que resurge, projetado e reprojetado em reflexos modificados.

Como uma pintura
Que é sem ser.

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

CORROSIVO + ERBA

Nos dias 13, 14, 15 e 16 de dezembro desenvolvemos na École de Beaux-Artes de Besançon (ERBA) um workshop de intervenção urbana.
Abaixo, alguns registros do encontro.

Les 13, 14, 15 et 16 décembre, nous avons mis au point un atelier d’intervention urbaine à l’École de beaux-arts de Besançon (ERBA).
Ci-dessous, quelques enregistrements.















quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

ainda sem título, mas já esboçando algum (Parte 7)

Parte 7

Hoje ela passou por aqui. Estava linda e nua. Seu corpo brilhava alguma substância que eu não compreendia. Ela passou e eu resolvi seguir.
Me escondi por entre árvores e arbustos. Me escondi por entre os musgos e contra luz do sol.
Ela segurava seu cesto, colocava-o no chão, e se deitava na terra molhada. Os gatos começaram a lamber seu corpo. Lambiam de cima abaixo. Ela ria de prazer e enfiava as mãos e os pés na terra. Gritava como se gozasse.
Eu queria correr atrás dela e me enfiar em suas coxas. Queria mergulhar minha cabeça por entre aquelas pernas sadias e fazê-la gritar.
Eu queria tanta coisa, mas apenas observava a cena e os gatos a se aproveitarem daquilo que eu sequer tomei a atitude de começar a fazer.

Outra musa aparece vestida em rendas e passa um óleo sobre seu corpo. Em seguida joga uma espécie de pó que brilha. A musa nua grita, e já não sei mais se é de dor ou prazer.

Os gatos saem de perto e a deixam só.
Eu estou só atrás das moitas, mas me sinto vigiado.

Não sei mais se sonho ou se mergulho em uma realidade distinta de toda realidade que já vivi.

Resolvo sair de perto e procurar uma outra maneira de me aproximar delas.

Tenho medo de ser visto porque parece uma cerimônia secreta e violenta.
Ao mesmo tempo me instiga participar, porque daqui de onde estou pior não poderia ficar. Tenho medo do meu destino, mas sinto que tenho que continuar seguindo.




(continua...)

ainda sem título, mas já esboçando algum (Parte 6)

Parte 6

Hoje sonhei com as musas. Acho que foi sonho porque não quando abri os olhos eu estava sozinho.
No meu sonho elas vinham juntas, me jogavam no chão e começavam a tirar minha roupa. Eu não estendia muito bem, mas gostava.
Aí eu via a gata prenha passar por mim e me lamber com sua língua áspera. As musas começavam a jogar algo que parecia pequenas pedras em cima de mim, e eu me queimava.
Elas jogaram um óleo e mais alguma coisa áspera em meu corpo.
Eu gritava.

Uma das musas com o óleo passava a me acariciar.
Meu pau ficava duro. Mas doía. Doía muito.
Eu escutava um zumbido nos ouvidos, um zumbido que não se cessava nunca.
A gata prenha me lambia de novo, e depois uma sensação de soterramento me veio sem imagem alguma. Meu corpo ardia e eu me sentia soterrado. Afogado.
Lembro de fragmentos de uma musa com a boca ensangüentada rindo muito. Ela gargalhava, neuroerótica.

A neuroerosis. 





(continua...)


segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Sons azuis e cinzas, ao dal-tônico


depois de algumas horas observando o nada, resolvi enfrentá-lo.

sim, tive que me proteger. afinal, quão grande foi aquela visão!
afundei minhas mãos no escuro.
e, em meus olhos, um som amarelo-esbranquiçado zunia forte, muito forte.

numa bifurcação, encontrei um guardião alado.
ele pendia para o leste, me dizendo que a direção não era correta.

finalmente encontrei um portal.
de longe, o fogo iluminava o chão
e as paredes laterais daquele gigante corredor se fechavam em forma de espada.

era o fim da linha.

mas aquele olho,
aquele olho que se partia, me observava por entre os galhos.
era um intenso e muito grave branco
amarelado
aquele esbranquiçado.

trocamos pupilas.

e, na esquina daquela floresta, coloquei meus fones.

me teletransportei.

Sons azuis e cinzas



A maior riqueza do homem
é a sua incompletude.

Nesse ponto sou abastado.
Palavras que me aceitam como
sou - eu não aceito.

Não agüento ser apenas um
sujeito que abre
portas, que puxa válvulas,
que olha o relógio, que
compra pão às 6 horas da tarde,
que vai lá fora,
que aponta lápis,
que vê a uva etc. etc.

Perdoai
Mas eu preciso ser Outros.

Eu penso renovar o homem
usando borboletas

(Manoel de Barros)

domingo, 13 de dezembro de 2009

Inanimados (Inanimé)

ainda sem título, mas já esboçando algum (Parte 5)

Parte 5

Um pássaro negro me observa.
Ou talvez eu observe ele.

Não sei, não tem jeito. Não tem saída.
Nada. Quanto tempo mesmo passei aqui?
Será que não é o momento de ir?

Elas não apareceram ainda. Tenho frio. Nem gato, nem sapo e nem cachorro pra contar história. Só as folhas que voam. Loucas.
Esse vento poderia me levar. Me levar sem fim.
Me levar até não sobrar nada.




(continua...)

sábado, 12 de dezembro de 2009

Desimages ou quand elle s'en sors dans la rue vêtu de nue.

Elle m'appelle et dit:

Thaïs, je vais sortir comment la muse, tu me suis ?

- Bien sûr.
  Tu vas nue et en dentelle?


Pause...

Nous sommes allés au marché pour le shopping. Elle avec leur dentelle et moi avec mon manteau rouge.

Nous avons nous filmé.
Nous avons parlé avec le boucher végétarien.


Les enfants ont pleuré de peur. Certains ont trouvé cela étrange.

La prochaine fois, elle va acheter du sel, je dis…

desimagens ou do momento em que se sai na rua vestida de nua.

Ela me liga e diz
Thais, vou sair de musa, você me acompanha?

- Claro.
  Nua e de renda?

Pausa.

Saímos ao mercado para fazer compras.
Ela com suas rendas e eu com meu casaco vermelho.

Nos filmamos.

Nós conversamos com o açogueiro vegetariano.

As crianças saíram chorando e com medo.
Algumas pessoas acharam estranho.

Na próxima vez ela comprará sal, digo.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

ainda sem título, mas já esboçando algum (Parte 4)

Parte 4

Estou sem inspiração para continuar e as maçãs apodrecem aos poucos.
Ah, sim. Não havia falado das maçãs ainda. Aqui, uma macieira me faz companhia. As vezes sinto que coisas caem em minha cabeça. Ontem mesmo caiu uma maçã talvez por isso em algum momento eu apaguei.
Enfim, aqui elas têm caído facilmente, provavelmente a época do ano.

Enfim... sem inspiração.
Sinto que se eu ficar neste banco por muito tempo serei bombardeado por maçãs... ou por merda de pomba. Odeio as pombas. Já disso isso? Provável. Sempre digo isso... Uma vez uma pomba velha e feia veio se sentar ao meu lado numa tempestade de vento frio. Ela me olhava com olhos singelos. Acho que foi a primeira vez que não odiei pombas. Ficamos ali cúmplices durante horas, até que a tempestade passou, e ela se foi andando meio manca. Nos respeitamos. Mas em geral eu as odeio, não sei bem porque, talvez porque sejam muitas e vivem fazendo merda na cabeça dos outros, ou talvez porque disputam como loucas a comida, ou porque vêm de enxeridas comerem a nossa.


O vento passa cortante por aqui.
As folhas têm voado como nunca e as maçãs têm caído mais que o normal. Elas ainda estão boas.

Como para passar o tempo.
As maçãs.


Mais uma.


Hoje estou a ponto de ir. Hoje resolvi que vou seguir as musas e seus gatos. Ainda não descobri o que se passou ontem quando escutei o grito de mulher. O fato é que desde então não tenho visto nem musas e nem gatos.
Justo hoje que decidi ir atrás deles.


Ao longe escuto um barulho do trem que me fez chegar até aqui. Que horas são agora, me pergunto...

O tempo passa e eu continuo sem inspiração para continuar. Me sinto sozinho pela primeira vez, e o vento me assombra um pouco.
As musas não passaram até agora e isso não é comum.
Hoje me pergunto, se ninguém nunca se perguntou do por quê eu as chamo de musas. Não sei, mas hoje eu me pergunto porque cargas d’água? As vezes as palavras me vêm na boca e eu não consigo mais tirá-las de mim. Enfim, começou assim e ficou assim. Sem muitos questionamentos agora.

Parei.

A continuação não flui. Espero que ao menos um gato apareça.

hoje



...

talvez o aquecedor do meu quarto, ligado na potencia máxima, me faça entrar em contato com a =bem-vinda= exaustão e permite, assim, que meu corpo amoleça e fique disforme.

Pego um pacote de bolachas sabor gotas de chocolate e começo a experimentar reflexos nas janelas da casa, em cada comodo há sempre duas. Vou me filmando ate que a câmera não seja refletida também. Chego a me cansar e sento na cama. O sol entra por uma das janelas e bate nas minhas pernas. Queima. Acho estranho. Como estou com um vestido de renda branca a luz causa nele umas sombras interessantes. Filmo isso também. Renda, pele e a pinta preta da minha coxa. Gosto da experiência. Assisto e fico na duvida se deleto ou não. Sem decidir, levanto e percebo que um homem me observa do estacionamento que da' para uma das janelas. Sou uma imagem fantasmagorica. Ele segue me olhando. Me escondo. Desço para fazer um café, o pó vem da Guatemala. Erro a medida de agua, ficara aguado. Lavo a louca e coloco uma pequena mexerica inteira na boca. Estouro devagar ate ficar completamente liquida. Levo a cadeira da cozinha para o quintal da casa, nela posiciono a câmera perto do arbusto. Fico só com a renda branca e não temo que alguém me observe. Me movimento e me junto às folhas. O vento combinado ao frio me fazem voltar à casa.


...

domingo, 6 de dezembro de 2009

ainda sem título (parte 3)

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 .
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Escuto um miado como jamais havia escutado.
Ao olhar para trás a gata siamesa prenha está sentada e me olha com seus grandes olhos azuis.

De muito longe vejo uma das musas passarem com um vestido nas mãos.

Ouço uma voz feminina cantando uma cantiga de criança.

O ancião de bengala passa por mim, e hoje e parece não ter me visto.
Engraçado tudo isso... as pessoas aqui parecerem ser “de lua”. De vez em quando elas resolvem perceber que estou aqui.



MERDA!
MERDA LITERAL! Uma merda de passarinho, ou melhor, de pomba. Odeio estas pombas. Me limpar com o que agora? Achar água ou banheiro por aqui me parece complexo demais. Minto, água tem.
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Escuto um grito aflitivo de mulher de muito longe. Os gatos passam correndo. As musas passam correndo carregando o cesto. Escuto um barulho de porta ranger, mas não faço idéia de onde vem este barulho. Estou só novamente. Ninguém me percebe novamente.
Até quando isso vai durar?
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(continua...)

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

ainda sem título (parte 2)

Parte 2

Hoje faz um frio seco e o gato preto se lava.
As musas aparecem à minha frente nuas, e confesso sentir um certo tesão por elas. Elas brincam com os gatos e carregam um cesto, mas daqui de onde estou não posso ver o que carregam dentro dele. Frutas talvez, ou então flores de setembro.
Me atraem... sim, sinto que deveria segui-las, mas por fim fico aqui parado e tarado (uma rima para divertir o leitor) pela beleza do jogo entre as musas e os gatos.
Todos se vão e quando olho para trás a gata siamesa prenha está sentada me observando. Trocamos alguns olhares e ela sai para buscar comida.

Ás vezes sinto que sou visto sem ser percebido, ou seria o contrário, perceber sem ver... muitas vezes fico confuso com a construção das palavras idéias. Muitas vezes sinto que...
Na verdade o que eu sinto é uma tontura avassaladora neste momento preciso. Neste momento preciso eu preciso... (arghhh mais uma vez este jogo de palavras).
 TUM.

Preto... preto... preto...
                Nada...
Uns fragmentos... umas luzes à minha volta. Ouço pessoas que riem. Não sei, não posso ver. Estou com os olhos cerrados e não posso abri-los.
Nessas horas sinto que será assim... será porque ainda não é... sinto que partirei assim, num piscar de olhos, e TUM, então já não sei mais. Talvez uma musa possa aparecer para me fazer uma punheta, ou então...

Pausa. Dói demais pra continuar. A dor é forte agora. Sinto como se estivesse sendo sugado pela terra. Como se eu estivesse virando raiz... os meus braços, por exemplo, não têm movimento próprio. Minhas pernas formigam e meu fígado faz um esforço para tentar sair do meu corpo.

Grito.

Gritar é bom, principalmente se ninguém te escuta. Na verdade este era um momento para eu ser escutado, mas enfim, estou enraizado. Estou tomado pela dor e pela imobilidade.

Devo sentir algum prazer nisto tudo. A dor, as musas... sim as musas...
O melhor é pensar nelas e ver se essa dor passa.


Pausa.
Neste momento ele está caído no chão.
Pausa 2.
Neste momento nada pode ser descrito. Palavras faltam, imagens não cabem mais.
O que vemos é isso...
Ele estatelado tenta narrar sua “afrodisíaca” aflição.
O vento cessa. As plantas cobrem-no.
Pausa 3.

Respiro. Respiro para dentro, isto é, inspiro. Inspiro o vazio do meu corpo. O corpo oco que dói sem avisar. Dói sem fazer barulho. Alguns corvos cantam no meu ouvido. Vieram me ninar talvez...


Tento me levantar com mais esforço desta vez... tento desenraizar.
Desenraizei as mãos... consigo tirar meu tronco do chão e agora já estou de pé.











Continua...

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Babel - Kibboutz – Nova Jerusalem - Brasilia – Dubai – Chaux - …







Esboçada em 1773, desenhada, modificada e aperfeiçoada até o final de sua vida, a cidade ideal de Chaux permeou por mais de 30 anos os sonhos de Claude-Nicolas Ledoux. Foi planejada para ser uma sociedade ideal na qual o homem e a natureza pudessem estar em harmonia.


A cidade ideal de Chaux nunca foi construida…


Adentrando no assunto… A idéia de "cidade ideal" permeia os pensamentos das sociedades desde tempos imemoriais. Conforme a época, se vislumbra uma cidade diferente…Vamos do mito da torre de Babel aos filósofos gregos das cidades-estado. Da Roma Antiga, onde a cidade deveria permitir aos cidadãos a proteção dos deuses, à Idade Media em que a cidade deveria ser cercada de muros; sem esquecer de Nova Jerusalém, prometida pelo cristianismo, a cidade a ser alcançada após a morte.

Em 1755, Morelly desenvolve a base revolucionária de uma cidade onde a igualdade de direitos e deveres dos cidadãos é assegurada por uma organização matemática e racional no qual o desaparecimento da propriedade privada seria fundamental… Na atualidade, temos a Dubai dos novos ricos em meio ao deserto.


A cidade ideal, ao contrário da cidade espontânea, que se desenvolve gradualmente, organicamente e por vezes de forma anárquica, é concebida antes de construir, obedecendo assim a vontade do seu criador. O termo "cidade ideal" me soa como sinônimo de utopia.

Como uma cidade, através de sua arquitetura por exemplo, pode influenciar as pessoas no seu modo de viver, trabalhar, educar e se relacionar ?
Isso so para fazer apenas uma pergunta.

...

alguns que pensaram sobre o assunto:

Thomas More (1478-1535)



Robert Owen ( 1771-1858)





Charles Fourier (1772-1837)



...


Agora estamos num não-lugar.

Estamos em Chaux.




quinta-feira, 26 de novembro de 2009

ainda sem título (parte 1)

1ª parte

Em frente do monumento à pessoas mortas observo o vazio.
Procuro uma personagem para me exprimir nesta cidade ideal.

Aqui os pássaros cantam chorando e eu observo alguns anciãos que passam por mim sem me ver.

Duas musas se abraçam e se envolvem em uma dança giratória e vertiginosa. Seus pés quase não tocam o chão e suas vozes são murmúrios... pequenos murmúrios nesta imensa floresta nave (essa palavra se intrometeu por aqui sem eu pedir. Ela veio e ficou assim... “sonou” assim. Deixei que ficasse... me faz algum sentido).

Um dos anciãos passa por mim. Ele é altamente corcunda e se apóia em uma bengala quase de seu tamanho, segura um buquê colorido de flores na outra mão. Ele me cumprimenta e eu me surpreendo de ter sido visto.
Ele caminha lentamente e vai sumindo do meu campo de visão.

Observo as sombras do monumento como se fizesse parte de uma fotografia preta e branca.

As folhas do outono voam.

Uma gata siamesa prenha aparece e me olha. Resolvo segui-la e me deslocar do lugar de onde a tanto tempo parado eu esperava. A gata arisca foge. Resolvo procurar por ela como se a gata pudesse me levar para o lugar que há tanto tempo busco. Nada de gata. O vazio do meu estômago me lembra que há algum tempo não como.
As folhas de outono voam e percebo alguns mausoléus abandonados a minha volta. Folhas secas pelo chão, uma sonata outonal em meu ouvido... Ao longe mais dois anciãos se aproximam de mim, mas não me percebem. Me sinto vazio e meu estômago ronrona.

Longa pausa.
longa pausa num tempo que eu desconheço, e que faz de mim algo insignificante.

Ao olhar para trás, três gatos sentados em fileira me olham. A gata siamesa prenha é um deles. Um dos gatos, preto, mia e sai correndo, o outro, também preto, porém com uma mancha branca na boca se lava.


Resolvo voltar para o lugar onde estava desde o começo ao observar o monumento morto aos mortos.

 Sento.
Um barulho nos arbustos que estão atrás de mim, olho e vejo por entre os galhos secos um dos gatos que me observa; parece cuidar de mim.

As folhas continuam voando nesta pausa do tempo. As folhas continuam voando com este vento pesado. Um vento que traz vozes de longe e o som do sino de alguma igreja velha que talvez esteja caindo aos pedaços.
A cidade está abandonada talvez, mas eu espero ser levado para lá.

Sentado no banco eu não me sinto muito confortável, mas sei que é preciso ter paciência.

Quantos passos levo para chegar até o outro lado destas ruínas? Quantos passos levo para ficar esperando sentado?
Levanto e conto. Os gatos me acompanham onde quer que eu vá, sem que eu realmente perceba. Durante meu percurso, não os vejo ao meu lado, mas se dou uma pausa eles reaparecem. Agora o preto com a mancha branca está atrás de uma árvore.

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Ampulheta de outono invernal



                                                  ampulhetas...

domingo, 22 de novembro de 2009

Roteiro de ação
Ritual para extração de Sal - nº 1

Exercite-se pelo jardim da Saline Royale ou da Casa das Caldeiras até que o suor apareça na superfície da sua pele.
Espere até que o sal  cristalize.
Para a colheita, utilize câmera fotográfica.

Postado por Renata Ferraz
Brasil
O processo de extração do sal marinho divide-se em três etapas: a concentração da água do mar, a cristalização do cloreto de sódio e a colheita e lavagem.

Postado por Renata Ferraz
Brasil

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Regras de um jogo

hoje recebi algumas "regras" de jogo de um amigo especial.
o amigo do milho sempre colabora.
sa"l"dades desse amigo sacy.

mais pra frente irei postar as regras deste jogo.

no momento penso sobre meu video working process ou working progress...

editando ...
retro editando...
revisando.
et voilá.





por thaís

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Contribuições do lado de cá.

Ao ler sobre o projeto da Saline Royale a primeira imagem que aparece na minha memória são os feudos medievais.
Mas este é um Feudo Moderno onde a fábrica usurpa o lugar do rei antes mesmo da Revolução.
Num momento histórico onde tudo acontecia nas cidades, a vida fora dela se tornava possível graças ao processo crescente de industrialização. Mas,  neste caso, a fábrica não reinou..A morte pré-matura fez com que a Saline virasse um não-lugar, talvez, por isso, os fantasmas.
Mas como o sal é usado no processo de mumificação, ela permanece, pela metade, mas está preservada, esperando seu sopro de vida voltar.

No mesmo século que ela nasce e morre, surge um verbo derivado do Sal (salpicar. que pode ser usado como: manchar a honra ou a reputação de; desacreditar, difamar).
Da palavra Sal vem também o salário dos trabalhadores das indústrias Matarazzo e dos operários da Saline.
O sal grosso é o que apresenta-se na forma em que sai da salina, no seu estado mais puro.

Compartilho alguns mistérios. Vocês conseguem desvendá-los?

No deserto do sal como é possível florescer?

Se todos os rios são doces de onde o mar tira o sal?

Despertei às 7 horas da manhã e a primeira palavra que escutei aqui dentro foi Sal. Achei que era a hora de escrever.


por Renata Ferraz
Brasil.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

uma breve descricao sobre claude-nicolas ledoux

Nascido em 1736, Ledoux foi o arquiteto que projetou a Saline Royale
( www.salineroyale.com). Dizem os livros encontrados aqui que ele foi um dos grandes mestres da arquitetura neoclássica francesa. Vê-se uma arquitetura atrelada ao design e urbanismo, principalmente quando se fala do seu projeto mais ambicioso e utópico: a cidade ideal de Chaux. A Saline Royale, onde estamos, faz parte desta cidade ideal, é uma obra incompleta por conta da Revolução Francesa.


Como o sal nessa época era um bem valioso, Luis XV financiou o projeto de Ledoux. A região de Franche-Comté foi escolhida pelas emendas subterrâneas de sal-gema. O sal era extraído de poços por vaporização através de fornos alimentados por madeira.
Saline Royale foi construída entre 1774 e 1779.
A entrada é através de um portão maciço, inspirado nos templos de Paestum. Dentro, um salão cavernoso dá a impressão de entrar em uma mina de sal, decorada com ornamentos de concreto que representa as forças elementares da natureza e da organização do homem, um reflexo dos pontos de vista da relação entre a civilização e a natureza. O edifício de entrada se abre para um vasto espaço semicircular aberto e rodeado por outros edifícios, que estão dispostos no arco. No centro esta a casa do diretor, onde originalmente tinha uma capela.

A produção de sal por aqui não foi bem sucedida por conta da concorrência e do aparecimento de pântanos. Depois de algumas tentativas não muito rentáveis, é fechada em 1790. Assim, o sonho de sucesso para uma fábrica, concebida ao mesmo tempo, como uma residência real e uma nova cidade, terminou.

...

Para o projeto da cidade ideal de Chaux, em torno da Saline Royale de Arc-et-Senans,
Ledoux formalizou suas idéias de design inovador para um urbanismo e uma arquitetura destinadas a melhorar a sociedade, através de uma cidade carregada de símbolos e significados.










domingo, 15 de novembro de 2009

ensaio sobre o ceu

roteiro de açao:

pegue uma cadeira.
leve-a para um espaço amplo.
(preferencialmente na natureza)
sente-se.
observe o céu.

...

ONTEM TIVE UM CÉU NOS MEUS OLHOS...
ENCHEU MINHAS PUPILAS
DILATOU-AS
MODIFICOU A MINHA RESPIRAÇÃO
DEIXOU OS MEUS PÉS FRIOS E QUASE MOLHADOS
FIQUEI IMÓVEL EM UMA POÇA D' AGUA E SIMPLESMENTE NÃO PERCEBI...
NÃO SEI POR QUANTO TEMPO FIQUEI...
AGUARDEI A NOITE CHEGAR E, ENTÃO, TIVE ESTRELAS NOS OLHOS.










Signes et sens du sel

“ il est ne de la mer, du soleil eu du vent, ou d’ océans enfouis depuis des millénaires.

Aussi précieux que l’ or, essentiel a la vie, il a fait s’affronter les peuples, s’enrichir les royaumes, s’ébranler les caravanes, se développer les échanges.

Il a nourri les superstitions, inspire mages et alchimistes, imprègne les religions, enrichi les langues et les cultures “


retirado do livro Signes et sens du sel
escrito por Robert Piece e Bernard Martin



crenças, signos e usos que o sal teve durante séculos...sendo que muitos ainda permanecem.

SAL utilizado como moeda de troca

SAL presente apenas nas cozinhas de afortunados

SAL visto pela alquimia como substancia de efeitos mágicos

SAL para a purificação e fortalecimento da alma

SAL era o que um soldado romano recebia pelo seu trabalho

SAL para evitar a putrefacao

SAL usado no processo de mumificação

SAL como símbolo de amizade

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

atrás de...

Feriado nacional na França pelos mortos de guerra.
A cidade está ensolarada e mais vazia que o normal... digamos que o normal já seja uma cidade bastante vazia.


Há um luto colorido por aqui, e muitos gatos cruzam o nosso caminho.


Descobrimos uma árvore de nozes. Um sonho da Carol ter visto uma. As nozes caem facilmente da árvore.


alguns testes de vídeo e fotos foram feitos, e apesar de ainda nebuloso parece que estamos encontrando o caminho do projeto.


uva de uma amoreira e um gosto de café expresso com chocolate que derrete no frio.
Aqui os gostos são ... não saberia definir como são, mas tem alguma coisa que nos desperta a curiosidade. Como diz a Carol, são como uma nota de música, tem seu som e sua cor.


roupas quentes... fumaça na boca.

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Un essai d'écriture en français... juste un essai.



Aujourd'hui c’est un jour férié en France pour les morts de guerre. La ville est ensoleillée et plus vide que d'habitude ... et elle est déjà une ville très vide.


Il y a des couleurs dans le deuil ici, et beaucoup de chats croix notre chemin.

Nous avons trouvé un arbre de noix. 

Carolina a rêvé voir ça. Les noix tombent facilement de l'arbre.



certains tests de vidéo et des photos ont été faits.
et bien, encore brumeux, mais nous semblons être de trouver le chemin du projet.

Un raisin d’un mûrier et le goût de l'expresso avec chocolat fondant dans le froid.

Ici les saveurs sont... je ne peux expliquer comment ils sont, mais il y a quelque chose qui éveille une curiosité. Comment a dit Carol, les saveurs sont comme une note de musique, il y a le son et la couleur.


vêtements chauds ... et la fumée qui sort de la bouche.











por Thaís de Almeida Prado

dos caminhos e das encruzilhadas

os caminhos que nos levam ao sal

são paulo / amsterdam / lyon / estação de trem arc et senans às 18:09

apenas duas pessoas desembarcaram neste vilarejo localizado na região de Franche-Comte, próxima a Suiça.
Arc et senans tem aproximadamente 1400 habitantes. Fica entre o rio e a floresta Loue de Chaux.



1ª fase do projeto

conhecer a historia da saline royale - olhar pela janela do quarto, mesmo quando noite - cozinhar - aspirar o cheiro adocicado vindo das árvores em pleno outono - fazer o caminho mais longo - se perder - andar sem lanterna - imitar os sons dos pássaros - colecionar folhar secas - ler rótulos de embalagens no supermercado - elaborar roteiros inspirados na paisagem - fotografar instantes - passar uma noite em claro - ouvir e não entender - enviar uma carta - visitar a kebaberia de arc et senans - entrar em uma casa que aparente estar abandonada - encontrar algo no chão e guardá-lo como amuleto - ver um movimento, que pode vir de um animal, uma pessoa ou de uma planta e imitá-lo - escutar a rádio local - conversar com alguém desconhecido.



alguns olhares...















segunda-feira, 9 de novembro de 2009

vulgo "xamã di céu"

Poderia ficar aqui escrevendo horas para vocês sobre minhas experiências nestas viagens que tenho feito e tudo mais, mas sinto que se escrever demais vou acabar deixando de aproveitar o meu dia após dia.

Agora em Arc et Senans, o céu tem grandes nuvens pretas, mas o sol não deixa de aparecer por entre elas e iluminar a nossa grande cidade ideal, A Vila de Chaux, uma cidade inteiramente planejada por Claude-Nicolas Ledoux, que só existe até sua metade.
O desenho é de uma meia lua. Só temos a metade...




nota de rodapé

Aqui o frio bate e ultrapassa as minhas pernas. Eu não sofro com ele, e isso é bom.
Da janela de meu quarto vejo o centro da Saline, hoje um teatro e uma sala de exposição.


















estamos tentando descobrir os sabores da frança...

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

 
No museu de Dalí me deparo com algo conhecido...
engraçado não ter me dado conta antes...

os olhos nos seguem...

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

O gosto de sal na minha boca
a água que escorre pelo meu corpo.
estou só e nua. ninguém me vê.

oculta no branco de uma neblina fria...
uma árvore.
uma paisagem na neblina.

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Residência Artística: Saline Royale d'Arc et Senans



















Carolina Bonfim e Thaís de Almeida Prado encabeçarão este projeto na "Saline Royale", França e terão a colaboração dos outros integrantes do CORROSIVO que estarão em São Paulo.
http://www.salineroyale.com