quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Contribuições do lado de cá.

Ao ler sobre o projeto da Saline Royale a primeira imagem que aparece na minha memória são os feudos medievais.
Mas este é um Feudo Moderno onde a fábrica usurpa o lugar do rei antes mesmo da Revolução.
Num momento histórico onde tudo acontecia nas cidades, a vida fora dela se tornava possível graças ao processo crescente de industrialização. Mas,  neste caso, a fábrica não reinou..A morte pré-matura fez com que a Saline virasse um não-lugar, talvez, por isso, os fantasmas.
Mas como o sal é usado no processo de mumificação, ela permanece, pela metade, mas está preservada, esperando seu sopro de vida voltar.

No mesmo século que ela nasce e morre, surge um verbo derivado do Sal (salpicar. que pode ser usado como: manchar a honra ou a reputação de; desacreditar, difamar).
Da palavra Sal vem também o salário dos trabalhadores das indústrias Matarazzo e dos operários da Saline.
O sal grosso é o que apresenta-se na forma em que sai da salina, no seu estado mais puro.

Compartilho alguns mistérios. Vocês conseguem desvendá-los?

No deserto do sal como é possível florescer?

Se todos os rios são doces de onde o mar tira o sal?

Despertei às 7 horas da manhã e a primeira palavra que escutei aqui dentro foi Sal. Achei que era a hora de escrever.


por Renata Ferraz
Brasil.

Um comentário:

  1. Tão bonito esse comentário da Renata.

    Me faz lembrar uma escritura budista, chamada: A Abertura dos Olhos.

    O despertar. Sal da vida.

    Também dos olhos brotam as lágrimas, que são como o mar, salgadas.

    Beijo.

    Dedé

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