quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

ainda sem título, mas ainda esboçando algum (Parte 11)

Parte 11

 

Ele está sentado em um banco de cemitério/praça. Folhas de outono o cercam. Ele veste um casaco vermelho e carrega um saco de papel.

Ele se levanta, olha ao longe e vê uma mulher vestida em renda. Muitas flores a cercam.

 

Neste exato momento eu abro meus olhos. A casa velha está vazia e eu não lembro mais a continuidade disso tudo. Estou nu e não me reconheço. Meu corpo não se parece como antes. Percebo meu corte que nunca cicatriza... escorre sangue. 

Não faz mal.

 

Nu, ando pela casa. Descalço corto os meus pés nos rastros de cacos de vidro. Procuro na cozinha a velha ou o sr. Corcunda.

 

Me repito. Uma sensação de que não saio do lado A. Em que parte o disco riscou?

Sinto sede e não tem água, isto sempre acontece.

Meus pés sangram.

Meus pés ardem.

O chão está branco.

 

Olho pela janela da casa e neva.

Neva doce.

 

A velha garimpa o campo branco.

 

Isto está ficando cada vez mais difícil. Não me aproximo do fim...  desisto?



(texto adicionado em 2015 entre capitulo 10 e 11 originais)