segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Sons azuis e cinzas, ao dal-tônico


depois de algumas horas observando o nada, resolvi enfrentá-lo.

sim, tive que me proteger. afinal, quão grande foi aquela visão!
afundei minhas mãos no escuro.
e, em meus olhos, um som amarelo-esbranquiçado zunia forte, muito forte.

numa bifurcação, encontrei um guardião alado.
ele pendia para o leste, me dizendo que a direção não era correta.

finalmente encontrei um portal.
de longe, o fogo iluminava o chão
e as paredes laterais daquele gigante corredor se fechavam em forma de espada.

era o fim da linha.

mas aquele olho,
aquele olho que se partia, me observava por entre os galhos.
era um intenso e muito grave branco
amarelado
aquele esbranquiçado.

trocamos pupilas.

e, na esquina daquela floresta, coloquei meus fones.

me teletransportei.

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